"Ai ai a crise... Está tudo tão mal!!!"

Neste tempo de mudança económica em que alguns falam de crise e outros de oportunidade achei que podia ser interessante olharmos com clareza para a nossa realidade, por forma a fugirmos aos discursos da desgraça e do “está tudo bem” e podermos mesmo pensar pela nossa cabeça.

A maioria da população é empregada por conta de outrem e por isso imagino que a maioria dos que “me lêem” também sejam. Então se fazes parte desta maioria e também da esmagadora maioria (cerca de 90% da população activa) que está empregada neste momento faz o seguinte exercício:

- Quanto é que aumentou o teu salário no ultimo ano? (a resposta pode ser 0)

- Quanto é que baixou a prestação da tua casa? (num credito de 100.000€ a prestação baixou em média 150€ nos últimos 18 meses)

- E já agora, dos outros créditos que tens?

- Reparaste nos preços mais baixos no grande consumo? (pão a 0,06€, e preços reduzidos em queijos, azeites, arroz, etc…)

- Quanto dinheiro (em média) consegues ter mais por mês devido a estas baixas e reduções?

Em média, alguém que não tenha recebido aumento de salário hoje tem mais 200 a 250€ que em altura similar no passado recente (antes da suposta crise), por isso fico curioso em saber que muitas destas pessoas acham esta conjuntura “má”!

Por outro lado, se fazes parte dos trabalhadores independentes ou profissionais liberais deste país, que trabalham sem vínculo a um patronato, pergunta-te o seguinte:

- O que é que eu fiz nos últimos 18 meses para melhorar as minhas qualificações?

- Sendo um profissional de depende do seu marketing pessoal para ganhar notoriedade, o quanto é que investi nisso?

- Se gostava de ter um vinculo permanente com a minha empresa, o quanto tenho investido para me tornar essencial a ela? Para ser absolutamente o melhor colaborador dela? Para ser imprescindível?

- Se gostava de ter um vinculo permanente com outra empresa, quantos CV’s enviei nos últimos meses? Quanto tempo investi a preparar as entrevistas? As cartas de apresentação? A perceber que função é pretendida, as minhas mais valias e os meus pontos de crescimento?

Se fazes parte da franja da população que detêm o seu próprio negocio, pensa no seguinte:

- O quanto tens investido em crescer como líder e como gestor? Em que formações tens participado? Em que cursos tens investido?

- O quanto é que te mantêns atento ao mercado, às suas mudanças, aos seus gostos, aos seus hábitos? Ou vendes o mesmo da mesma maneira há anos?

- O quanto tens investido em Marketing e em formas inovadoras de mostrar a tua marca, o teu produto, o teu serviço, a tua mais mais-valia?

- O teu foco está em vender ou em servir o teu cliente?

- Procuras clientes ou fans? Como fidelizas a tua clientela? Quanto é se sabes sobre ela? Como a surpreendes e crias uma ligação que torne muito difícil ela ir comprar a um concorrente?

Por fim, uma palavra para os que se encontram sem emprego. Respondam a todas as questões acima… Quando estamos sem emprego somos simultaneamente futuros empregados de outrem, profissionais liberais e donos da nossa empresa… A forma mais fácil de voltar ao mercado é perceber o que queremos mesmo fazer (o que nos apaixona), que capacidades temos de ter para o conseguir fazer, como nos podemos tornar atractivos para o empregador e como nos vamos tornar imprescindíveis quando estivermos a trabalhar.

Eu tenho a certeza de que se o nosso foco for a excelência e melhorar todos os dias, por muito que o mercado esteja mau, há-de sempre existir colocação para o nosso talento…

O que é que tu vais fazer para vencer neste tempo?

Para mais vídeos e recursos sobre estas temáticas consulta o Vencer GT

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