No inicio da semana falava com algumas pessoas através do Facebook sobre se podemos escolher o que sentimos.
A questão passava não por perceber se podíamos escolher amar ou não alguém e sim por compreender até que ponto somos "donos" do que sentimos no momento.
Eu pessoalmente acredito na tríade das emoções de que já aqui falamos muito e que postula que as nossas emoções são condicionadas pela postura física que temos, onde nos estamos a focar e a linguagem que utilizamos. Estes três factores determinam o significado que damos a algum acontecimento e por consequência a emoção que lhe atribuímos.
Hoje vou escrever um pouco sobre o poder de nos focarmos no que de facto queremos, ao invés de nos focarmos no que não queremos, e da influência que isso terá na forma como nos sentimos.
Façamos um pouco de engenharia revertida e imaginemos que nos estamos a sentir mal no nosso local de trabalho (estou certo que seria uma estreia mundial se tal acontecesse). Nem sequer aconteceu nada de especial na minha vida profissional ou pessoal, simplesmente estou com uma emoção má.
Se me estou a sentir mal, devo estar a atribuir a "estar no trabalho" um significado mau... se calhar não gosto de estar ali porque não gosto do trabalho, ou não gosto do nível de pressão e/ou desafio, ou não gosto dos colegas, ou do escritório, ou do grau de trabalho manual/intelectual, etc, etc, etc...
Se me focar em tudo que o meu trabalho tem que não gosto, vou cada vez sentir-me pior e pior e pior, pois cada vez mais o meu foco vai procurar coisas que suportem o significado que estou a atribuir.
Ora experimentem fazer algo um pouco diferente... Mesma situação que a anterior, só que desta vez experimentem sentar-se por 10 minutos sozinhos (ou o mais sozinhos possíveis) e fazer uma lista das 10 coisas que gosto no meu emprego... Pode ser que goste do salário que ganhe e do que o salário me proporcione, pode ser que goste de uma ou outra pessoa lá dentro, pode ser que goste de ter uma cadeira para me sentar e me proporcionarem algumas condições, etc, etc... Quando chegar a casa (e esta parte é BRUTALMENTE IMPORTANTE) faça uma lista de como seria o trabalho ideal... pense mais além do que a espreguiçadeira na piscina e escreva o que é que teria um trabalho que o realizasse mesmo, que o fizesse acordar de manhã a saltar da cama com vontade de iniciar o dia, que de facto pusesse um brilho nos seus olhos quando fala sobre ele.
E agora o ultimo passo... o que é que pode fazer hoje para chegar mais próximo desse emprego? Com quem pode falar? A quem pode enviar um mail? Como pode concorrer? Que qualificações tem que ter? Quando é que agora é uma boa altura para começar?
2 comentários:
é importante que isso seja tudo feito com amor e vontade, pois nada do que foi "conquistado" de bom, foi conquistado com esforço.
E isso é obvio, uma vez que se compreende a lei da atracção, e se sabe que quanto menos se quer fazer uma coisa E SE TEM DE FAZER, pior se vai tornar a vida dessa pessoa.
Essa parece-me uma escolha interessante :)
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