“A única coisa necessária para o mal triunfar é que os homens bons nada façam.”
No próximo dia 6 de Maio foi marcada (mais) uma Greve Geral para funcionários públicos e a julgar por experiências passadas pode mesmo haver outros a juntarem e a transformarem esse dia em greve geral. Na minha opinião, esta medida é profundamente errada e prejudicial para Portugal tendo em atenção o seu impacto na atual conjuntura.
Não estou com isto a dizer que os sindicatos são o “mal”, mas quero expressar o meu desagrado e tristeza por ver pessoas que supostamente devem proteger os direitos de determinados grupos, a agir de forma (na minha opinião) tão irresponsável e irrefletida.
Neste momento, apesar de ser emocionalmente muito “giro” estar a determinar culpados pela situação em que nos encontramos, isso não acrescenta nada e pelo contrário retira energia e atenção que deve estar concentrada em fazer algo para progredirmos para uma situação mais favorável.
Neste momento o país precisa de ação maciça, de gente disposta a dar mais e receber menos, de um povo focada em soluções e em criatividade, de mais produtividade, melhor alocação de recursos, de progresso efetivo! Portugal precisa de um povo que aceite a mudança de paradigma, que perceba que as soluções de ontem podem não ser válidas hoje e que esteja sempre disposto a crescer, aprender e arriscar.
Precisamos de empresários com visão, que proporcionem condições competitivas em mercados competitivos, que se larguem das amarras, apostem em sectores e ramos de futuro, que dêem melhores ferramentas aos colaboradores e exijam serem exemplos do que pedem.
Precisamos de um povo com vontade de estar sempre a aprender, com capacidade para responder a desafios diferentes e que os busque porque sabe que deles vêem as maiores vitórias; um povo que sabe que quanto mais produtividade tiver, mais competitivo se torna, que aprende novas ferramentas e técnicas, que toma em si a responsabilidade de pensar sempre como pode fazer mais e é verdadeiramente pioneiro.
Fazer uma greve para dizer “não queremos mais do mesmo e queremos o FMI fora de Portugal” não só prejudica o país, como não traz soluções e mostra claro desconhecimento de como funcionam as instituições que estes sindicatos “defendem”.
A altura de analisarmos os últimos 10 anos e perceber o que correu bem e mal, chegará em breve e aí (e só aí) devemos todos, enquanto nação, pausar e retirar as lições necessárias, para que os mesmos erros não se repitam e para que encontremos um (vários) objectivos e estratégias comuns para atingirmos nos próximos anos.
Agora é o momento de os jovens, adultos e idosos, homens e mulheres, pequenos e grandes mostrarem que existe uma forma diferente de existir e fazer em Portugal. É altura de os “homens bons” porem mãos à obra e enfrentarem os desafios com criatividade, de responder com força, coragem e determinação à “austeridade” e encontrar novas formas de ser mais e melhor. Eu escolho fazer diferente, escolho informar-me, ler e aprender, escolho traçar metas ambiciosas e pensar em estratégias inovadoras, escolho inspirar-me e motivar-me para todos os dias chegar mais perto de as atingir e fazer o mesmo com as pessoas que me rodeiam para que o caminho seja feito em equipa e com diversão à mistura.
Não tenho ilusões de grandeza e sei que não é este post que vai mudar o país e suas mentalidades enraizadas e tambem não tenho ilusões que se as milhares de pessoas que lerem este post, o passarem, fizerem um delas ou simplesmente falarem a outras disto, muito em breve milhares são transformados em milhões. É a minha firme crença que, apesar dos “media” e “manifs” tentarem mostrar o contrário, somos em Portugal muitos mais “homens bons” e esta É a nossa hora de agir!
O que é que tu achas?
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